A páscoa do Senhor foi constituída pelo próprio Deus. Seu povo, o povo israelita estava escravo já fazia aproximadamente 430 anos e o Senhor designou Moisés para salvá-lo da escravidão do Egito. Para que o os egípcios deixassem o povo sair, Deus enviou 10 pragas, sendo a 1ª a transformação das águas em sangue, 2ª das rãs, 3ª dos piolhos, 4ª das moscas, 5ª peste nos animais, 6ª sarna que virava úlcera, 7ª da saraiva, 8ª dos gafanhotos, 9ª das trevas e a última foi a dos primogênitos. Para que os israelitas não sofressem esta última praga era necessário que cada casa fosse marcada, não de qualquer forma, mas Deus orientou em detalhes a Moises.
Ele disse a Moises como deveria proceder, primeiramente era necessário que o povo realizasse o sacrifício de um cordeiro, sem desperdícios então orientou que fosse um para cada família e se a família fosse muito pequena e fosse sobrar muito do cordeiro, esta deveria comer na casa de outra família (Êxodo 12:1-4). Isto tudo não era para ser feito em qualquer dia ou mês, mas sim no mês de Abide, (que se tornou o 1º mês do calendário hebraico) que para nós corresponde ao mês de março. Este cordeiro não poderia ser qualquer um, (Êxodo 12:5) nem o mais gordo ou o mais velho, mas o melhor, sem defeito, doença ou mancha e este deveria ser separado dos demais por três dias (Êxodo 12:6), ou seja, escolheriam no dia 10 e o deixaria separado até o dia 14 onde seria sacrificado.
Como era de costume dos israelitas, eles deixavam escorrer o sangue, pois o Senhor havia dito para não comer nada com sangue (até comiam cru, mas escorriam o sangue do animal) e assim era para ser feito com o cordeiro, mas seu sangue seria precioso, pois ele seria o sinal de redenção da casa onde houvesse sangue na porta (Êxodo 12:7, 12 e 13). Para pintar o alto da porta e as laterais não poderia ser com um pincel, com as mãos ou com qualquer coisa, mas com o hissopo (arvore parecida com a manjerona, possuía um odor agradável e um gosto diferenciado), isto para não contaminar o sangue. Era com hissopo que purificavam as casas e pessoas ver êxodo 12:22, leviticos 14:4, 14:49, salmo 51:7 e hebreus 9:19.
O sacrifício não poderia ser feito de qualquer forma, seria utilizado todas as partes do animal, (Êxodo 12:8-10) deveria ser assado no fogo, não poderia sem cru nem cozido, e a sobra deveria ser queimada pela manhã.
As pessoas não poderiam estar de qualquer jeito, mas trajadas e apressadas como quem vai fugir para uma longa e nova viagem (Êxodo 12:11). Esta será a páscoa do Senhor. A palavra páscoa teve seu significado alterado a partir deste episódio. Quando o Senhor a mencionou, seu significado era “o Senhor passou por alto” e isto era porque o Senhor não condenaria as casas com sangue na porta, mas condenaria o povo do Egito.
Após comerem o sacrifício deveriam aguardar a ação de Deus durante a noite, e ninguém sairia da casa onde comeu o sacrifício e pintou a porta. Pois o sangue era sua proteção (Êxodo 12:22). E por ser um grande livramento, da morte e da escravidão, deveria ser um dia de festa solene ao Senhor (Êxodo 12:14).
Portanto, esquece os coelhinhos, ovinhos e o chocolate que nada tem haver com a verdadeira páscoa.
Claro que não precisa matar nenhum animal e passar seu sangue na porta de sua casa, mas com certeza é bom conhecer a origem e saber que o homem transforma tudo que é santo e que deveria nos fazer lembrar das grandes proezas de Deus, em oportunidade comercial.
Boa páscoa!
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