Ele disse a Moises como deveria proceder, primeiramente era necessário que o povo realizasse o sacrifício de um cordeiro, sem desperdícios então orientou que fosse um para cada família e se a família fosse muito pequena e fosse sobrar muito do cordeiro, esta deveria comer na casa de outra família (Êxodo 12:1-4). Isto tudo não era para ser feito em qualquer dia ou mês, mas sim no mês de Abide, (que se tornou o 1º mês do calendário hebraico) que para nós corresponde ao mês de março. Este cordeiro não poderia ser qualquer um, (Êxodo 12:5) nem o mais gordo ou o mais velho, mas o melhor, sem defeito, doença ou mancha e este deveria ser separado dos demais por três dias (Êxodo 12:6), ou seja, escolheriam no dia 10 e o deixaria separado até o dia 14 onde seria sacrificado.
Como era de costume dos israelitas, eles deixavam escorrer o sangue, pois o Senhor havia dito para não comer nada com sangue (até comiam cru, mas escorriam o sangue do animal) e assim era para ser feito com o cordeiro, mas seu sangue seria precioso, pois ele seria o sinal de redenção da casa onde houvesse sangue na porta (Êxodo 12:7, 12 e 13). Para pintar o alto da porta e as laterais não poderia ser com um pincel, com as mãos ou com qualquer coisa, mas com o hissopo (arvore parecida com a manjerona, possuía um odor agradável e um gosto diferenciado), isto para não contaminar o sangue. Era com hissopo que purificavam as casas e pessoas ver êxodo 12:22, leviticos 14:4, 14:49, salmo 51:7 e hebreus 9:19.
O sacrifício não poderia ser feito de qualquer forma, seria utilizado todas as partes do animal, (Êxodo 12:8-10) deveria ser assado no fogo, não poderia sem cru nem cozido, e a sobra deveria ser queimada pela manhã.
As pessoas não poderiam estar de qualquer jeito, mas trajadas e apressadas como quem vai fugir para uma longa e nova viagem (Êxodo 12:11). Esta será a páscoa do Senhor. A palavra páscoa teve seu significado alterado a partir deste episódio. Quando o Senhor a mencionou, seu significado era “o Senhor passou por alto” e isto era porque o Senhor não condenaria as casas com sangue na porta, mas condenaria o povo do Egito.
Após comerem o sacrifício deveriam aguardar a ação de Deus durante a noite, e ninguém sairia da casa onde comeu o sacrifício e pintou a porta. Pois o sangue era sua proteção (Êxodo 12:22). E por ser um grande livramento, da morte e da escravidão, deveria ser um dia de festa solene ao Senhor (Êxodo 12:14).
Portanto, esquece os coelhinhos, ovinhos e o chocolate que nada tem haver com a verdadeira páscoa.
Claro que não precisa matar nenhum animal e passar seu sangue na porta de sua casa, mas com certeza é bom conhecer a origem e saber que o homem transforma tudo que é santo e que deveria nos fazer lembrar das grandes proezas de Deus, em oportunidade comercial.
Boa páscoa!